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POLÍTICA DE PREVENÇÃO | CÓDIGO DE BOAS PRÁTICAS

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Triplo 30 permite antecipar o risco de fogo e prevenir acidentes em canaviais

A morte do motorista Marco Aurélio Sertório, de 37 anos, em um incêndio no canavial na região de Ribeirão Preto levanta mais uma vez o sinal vermelho para os perigos causados pelas queimadas nas áreas de plantio de cana-de-açúcar e coloca todo o setor sucroalcooleiro em alerta.

Na segunda-feira, Sertório seguia por uma estrada rural com um caminhão com dois semirreboques de cana-de-açúcar quando se deparou com um incêndio em um canavial.

No local, funcionários de uma usina, uma das que exploram a área, faziam o bloqueio da estrada em função do avanço das chamas e do combate ao fogo.

Hoje já é possível ter uma previsibilidade maior do risco de fogo nos canaviais por meio do monitoramento por satélite e de dados meteorológicos, antecipando a prevenção e o combate às queimadas, contribuindo para evitar que acidentes como o de Marco Aurélio Sertório voltem a acontecer.

A GMG Ambiental, a maior empresa de monitoramento de queimadas por satélite, desenvolveu o Triplo 30 – um indicador meteorológico que avalia o potencial de fogo, a dificuldade no seu combate e permite a tomada de decisões para enfrentar às queimadas caso venham ocorrer.

O Triplo 30 leva em conta a somatória de três fatores: umidade abaixo dos 30%, velocidade do vento acima de 30 km/h e temperatura acima de 30 graus.

“Quando aparecem juntos, é possível fazer um monitoramento constante, com até 10 dias de antecedência, das áreas de maior risco, além de avaliar o posicionamento dos brigadistas nas regiões, afirma Marcelo Romão, meteorologista da GMG Ambiental.

O índice é um importante aliado dos produtores rurais e das usinas sucroalcooleiras, pensado na vulnerabilidade das equipes de combate ao fogo e na perda de produtividade da safra de cana-de-açúcar.

Estimativa de um grande grupo do setor reportada pelo Jornal da Cana mostrou que em 2020 as áreas atingidas por incêndios registraram perda de massa de cana de 15%.

O prejuízo com incêndios gerou um custo de até R$ 2,30 por tonelada de cana para reposição da biomassa perdida. No total, apenas no último ano, o rombo em decorrência das queimadas nas áreas agrícolas superou os R$ 40 milhões.

De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), no ano passado, mais de 11 mil hectares de cana foram atingidos por incêndios apenas no Estado de São Paulo.

O cenário deve se repetir em 2021, já que o tempo seco intenso, um dos responsáveis por desencadear incêndios em áreas plantadas, prevalece no cenário climático deste ano, com uma estiagem severa.

A plataforma de monitoramento por satélite da GMG Ambiental possui, ainda, uma ampla base histórica para o cliente avaliar a recorrência de foco de incêndio em determinadas áreas ao longo dos anos, conta Marcelo Romão.